Este grande vaso de culto esta decorado com a imagem de Ishtar.
Ela é representada rodeada por aves, peixes,
um touro e uma tartaruga, todos relacionados com o simbolismo da fertilidade.
Tendo na sua cabeça, uma tiara com chifres, emblema do divino, ela usa um par de asas, sinal da sua dimensão astral, o que a identifica com o planeta Vénus. Braços estendidos, ela se revela em toda a sua nudez.
Ishtar e o culto das deusas-mães
Ishtar ou Inanna para os sumerios é ao mesmo tempo a deusa da guerra e da incarnação divina do amor, metre da sexualidade e de fertilidade. "Ela é reverenciada como tal na Mesopotâmia, pelo menos, desde o surgimento das primeiras cidades no quarto milênio, e pelo que parece é a ancestral das deusas-mães. Ela será Isis no Egito, Afrodite na Grécia, Vénus em Roma, Astarte na Fenícia, Astorete na Bíblia (1 Reis 11:5, 33). Representada na forma de uma estrela, ela é uma componente da tríade, que ela forma com Sîn o deus da Lua e Shamash, o deus do sol.
Isis E 3637
Vénus de Milo Ma 399
Astarté BR 4425
Virgem com criança ML 25
"A partir de Babilônia, a adoração da mãe e da criança se espalhou até os confins da terra." No Egito, a mãe e a criança eram adoradas sob os nomes de Ísis e Osíris. Na Índia, sob os nomes do Isi e Iswara. Na Ásia, sob os nomes de Cybele e Deoius. Na Grécia, Ceres a grande mãe com um bebê no peito, ou Irene a deusa da paz, com o filho de Plutão em seus braços. No Tibete, no Japão, na China, os missionários jesuítas ficaram surpresos ao descobrir a contrapartida da Madonna, Shing-Moo, representada com uma criança nos braços. A. Hislop
Ishtar,protótipo babilônico a origem do culto das deusas-mães
Os adoradores de Ishtar
a chamavam "a Santa Virgem"
e oravam para que ela intercedesse
perante os deuses irritados.
E.O. James, ex-professor de história das religiões, da Universidade de Londres, estuda o desenvolvimento deste conceito de divindade desde as suas origens até sua transformação entre os cristãos no Mater Ecclesia, princípio vivo da Igreja, que mais tarde foi combinado com as imagens da Madona.
Este protótipo babilônico
é a origem do culto
das deusas-mães.
A partir da Babilônia o culto da Mãe e da criança se espalhou até os confins da terra.
O simbolismo da Virgem à criança muito presente no Egito e também nas religiões completamente opostas como o catolicismo
e o budismo poderia ser explicado por essa origem comum.
Este protótipo babilônico é a origem do culto das deusas mães. Essencial e omnipresente na história humana, é um dos principais temas na origem das religiões e civilizações. Para uma consideração objetiva dos fatos, considere o estudo abrangente de E.O. James, A adoração da deusa-mãe dn história das religiões, Edições Le Mail, 1989